Esmalte que lasca dois dias depois da visita ao salão de beleza irrita qualquer uma – principalmente se for antes de um jantar romântico ou daquela reunião importante no trabalho. Tarefas do dia a dia, como usar o teclado do computador, lavar a louça ou abrir embalagens podem fazer com que a pontinha saia sem que você perceba. Mas algumas medidas, que podem ser adotadas facilmente, ajudam a prolongar a duração da esmaltação.
Antes
Os truques para o esmalte durar mais tempo começam antes mesmo de aplicá-lo. Primeiro, certifique-se que todo o produto usado na semana anterior foi removido. Depois, tire os resíduos do removedor de esmaltes e de creme hidratante com papel molhado ou toalha úmida, e deixe as unhas secarem. Quanto mais seca estiver a superfície, maior será a aderência.
Feita a primeira etapa, é hora de colocar a lixa fecha poros em ação – sabe aquela maior, em formato retangular? Ela deixa as unhas uniformes, livres de desníveis e possíveis descamações, que fazem o esmalte sair mais rapidamente. Mas vá com calma: “Se exagerar no polimento, há o risco de quebrar a unha ou deixá-la fininha, quase como papel”, alerta Carmem Luiz, manicure do MG Hair Design.
E, então, chega a hora da base, que pode ter ação fortalecedora e formar uma película protetora para as unhas receberem a química do produto colorido, além de também ajudar na fixação.
Não é regra, mas um truque é tirar o esmalte um dia antes de pintar para a superfície “descansar” e apostar na hidratação contínua em casa, para fortalecer as unhas. “Se tiver paciência, faça uma esfoliação nas mãos três vezes por semana e hidrate as unhas com óleo fortalecedor”, aconselha Carmem.
Durante
Gostou da cor, mas o líquido está no final do vidrinho? A dica é seguir com outra opção. “Eu não uso esmalte depois da metade, a cliente não merece isso”, brinca Carmem. Os esmaltes velhos costumam ficar grossos, influenciando no acabamento e na durabilidade. Quanto mais fino e menos camadas passar, melhor – o recomendado são duas. E nada de adicionar solventes e diluentes para “afinar” a textura, pois a fórmula original pode mudar. “Algumas clientes gostam de misturar base ou óleo de banana, mas não indicamos”, afirma Lívia Pinheiro, do Beauty Bar des Jardins.
O importante é saber que as unhas de cada mulher são únicas e ninguém melhor do que elas mesmas para saber quais marcas funcionam. “É um casamento entre a porosidade da unha com a química do produto. Algumas pessoas falam que Colorama dura mais, outras preferem Risqué, Impala ou importados. Não existe um padrão, é uma questão de teste e encaixe”, conta Jack Cardoso, sócia do Cosmopolish Nail Bar. Então anote: se for viajar ou tiver algum evento importante, invista na marca que costuma durar mais nas suas unhas.
Na finalização, Livia sugere tirar sutilmente o excesso de esmalte da pontinha da unha com o dedo ou o palito, dependendo de sua destreza (ou da manicure). As chances de lascar ou descascar a extremidade são menores. “É um procedimento bem simples, mas que faz toda a diferença.”
Depois
Um produto que vem se popularizando é o chamado top coat, que serve para intensificar o brilho e promover a secagem rápida. “Algumas pessoas pensam que é a mesma coisa que o extrabrilho, mas ele é como se fosse uma cola que ajuda na fixação e ainda tem o poder de secar e evitar bolinhas ou imperfeições. O extrabrilho é um esmalte transparente”, explica Jack. No mercado, já existem top coats que, além desses atributos, conseguem dar um acabamento divertido: flocado, fosco, ou até cheio de glitter.
E aí vem a pergunta: “Óleo ou spray?” Como o top coat também tem a função secante, não há necessidade de usar nenhum dos dois – ele por si só já resolve tudo. “Eu não recomendo spray, porque tira toda a elegância e o brilho da cor”, opina Carmem. Vai de gosto e de hábito.
Em casa, os cuidados são básicos: “Use a extremidade dos dedos para digitar ou usar o celular, o importante é evitar atrito. E, ao usar produtos químicos, lembre-se de colocar luvas”, aconselha Jack. Se o tom ficar opaco durante a semana, retoque com uma demão de extrabrilho.
Plano B
Uma alternativa para quem vai viajar ou precisa de mãos perfeitas durante 15 dias são os esmaltes em gel – o serviço pode custar de R$ 65 a R$ 100. Todas as camadas são aplicadas como a versão convencional, com a diferença de que a secagem é realizada sob luz UV (ultravioleta) ou LED. No entanto, o processo deve ser feito com um profissional, já que demanda máquinas e técnicas específicas.
Fonte: Ig